VÁRZEA
cativo
dezembro
a céu aberto
chegada
jogo
sem título I
sem título II
greve
impasse
again
sol
carta magna
sobre
XVIIII
costa brava
anapoiesis
cadavre exquis
elétrica
casa
Meu lugar de nascença
é o vale do vão
Mas quando me penso inventária
de todos os cantos percursos
trajetos planares
e espécies originárias
no limiar despontam ignotas
cruzes rebentas
morros de medo
olhos-d'água
a desfigurar-me
a taxonomia inapta
por desígnio ou maledição
e o céu a virar em goles de areia
por desague seca monção
Fio ao cabelo sepultado
a potência de desterro, de extinção
desses espectros híbridos
valei-me, senhora do usucapião
Se deixarem-me, enfim
cavas as raias do pulmão
restará nem emblema
de minha passagem neste chão
Pois acorda-te viva
mira-te solidão
teu lugar de morte
é o vale do vão
carta magna
corpo-
serra de sintra
saudação
empírica
la rabbia
às voltas
autoimune
clareira
minuta
a sound
fantasia sem número
um gesto
soneto livre